Fui com Gilberto, Letice e Julian a um festival na orla do rio Main. Lá, encontrei-me com meu amigo pernambucano João Guilherme, de quem me despedi, pois volta ao Recife após cinco meses em Frankfurt. Fui com Bertram e Gilberto ver um amistoso no estádio, em que o Eintracht Frankfurt derrotou o Chelsea por 2 a 1. Segui com Gilberto para uma casa chamada Jazzkeller, onde assisitmos a um excelente show, de Ivan Santos & Band.
Eu poderia dar mais detalhes de todos esses acontecimentos, mas não quero. Soube de outro acontecimento que abafou todos os demais. Uma das pessoas que mais amo na minha vida foi agraciar aos que a rodeiam, com sua pureza, bondade e generosidade, em outra dimensão (o céu, certamente, nos termos dela).
Sua alegria de viver, que demonstrou nos últimos 96 anos, nunca será esquecida. O nosso amor nunca sairá dos nossos corações. Infelizmente, as pessoas que estiverem por perto tristes e aborrecidas não terão mais a luz da minha vovó para fazê-las mudarem e abrirem um sorriso. Isso sempre acontecia. Todo mundo que convivia com ela perde muito.
Sua alegria de viver sempre foi um exemplo para todos. A cada ano alimentávamos um sonho. O sonho de que a vovó seria eterna. Cada ano era mais um rumo à barreira centenária, que parecia que seria ultrapassada com facilidade. Parecia que ficaria pequena conforme outra década se passaria. E ela sempre estaria conosco, conhecendo os bisnetos, acompanhando os rumos que nossas vidas adultas fossem tomando.
Mas não era eterna. Não seu corpo vaidoso, sempre permufado, bem-vestido, e com brincos vistosos adornando um ouvido que pouco ouvia. Este era, aliás, o único problema daquele corpo que bem andava, bem enxergava, esbanjava saúde. Mas eternos são sua lembrança e nosso amor. Tchau, vovó querida. Amo muito você. Todos a amamos. Para sempre.
Poxa, me emocionei e estou aqui vertendo lágrimas. Um beijo para você e outro para sua avó.
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