Hoje, depois da aula, fui ao campus de Westend assistir ao último jogo do Brasil na primeira fase. Como eu esperava, o confronto com Portugal foi um jogo morno, já que às duas equipes o empate interessava. O zero a zero não empolgou, mas, analisando pragmaticamente, foi bom.
Assistiram ao jogo comigo Bertram e um pessoal da aula de política brasileira. Lara, aquela que fala português muito bem, estava com blusa com a bandeira brasileira e calçava sandálias verdes também com a bandeirinha. Tinha ainda um colar de havaiana verde, amarelo e azul, mas, como eu não estava com a camisa da seleção, ela o emprestou para que eu ficasse “mais brasileiro”. Estavam lá também Xenia, a argentina da turma; a aprendiz de português Lucia; e Nikolai, o amigo inseparável dela que é filho de sérvio. Depois ainda chegou uma pernambucana amiga de Xenia, que não apenas estava toda paramentada como também carregava bandeira, pandeiro e tudo o mais que tinha direito.
Hoje ainda volto ao campus para “secar” a Espanha contra o Chile. Amanhã viajo para a França e só retorno à Alemanha já no meio das semifinais. Fará falta ouvir sempre aqueles mesmo anúncios no meio das transmissões: “Presentiert bei Bauhaus. Und... Bitburger.” Marcelo, companheiro brasileiro do curso de alemão, reclama que falta emoção aos locutores germânicos, e diz que sente falta do Galvão Bueno. Definitivamente, não sinto falta nenhuma dele. E não acho que sejam apáticos os locutores daqui; só não são afetados como o lamentável narrador da Globo.
Outra coisa boa é que ouço várias palavras na narração que parecem português. Bertram disse outro dia que ouviu que quinze por cento do vocabulário alemão vêm do latim. Eu suspeito que doze por cento são termos usados nas transmissões de futebol: neutralisieren, attackieren, presentieren, controlieren, disziplinieren, Aggressivität... Faz até o alemão não parecer tão dificílimo...
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