Na longa viagem do Rio para São Paulo e de lá para Frankfurt (dá umas 11 ou 12 horas, fora o tempo de espera em Guarulhos) correu tudo bem, apesar de eu ter cometido o vacilo de embarcar com várias coisas na mochila que foram confiscadas pela Polícia Federal por terem mais de 100 ml: e lá se foram o champu, o condicionador, o sabonete liquido, o creme de barbear, o soro fisiológico... Mas um evento fortuito me permitiu ficar duas semanas sem me preocupar em comprar essas coisas na farmácia: ganhei no avião de brinde uma necessaire com champu, condicionador, creme de barbear, sabonete líquido e loção.
Na chegada na Alemanha não passaram minha bagagem pelo raio-X. Mas havia um pastorzão enorme, que um policial segurava, farejando os passageiros para ver se encontrava droga.
Agora já entendi como funciona o metrô, os trens para longa distância e os três urbanos S-bahn. A Berê me explicou e também já sei como funcionam as viagens para curta distância (que custam absurdo 1,50 euro em vez dos absurdíssimos 2,30 euros do bilhete unitário ou dos absurdissíssimos 6 euros do bilhete diário!) Só sigo sem saber pegar ônibus e bondes. De todo modo, estou começando a tentar fazer mais as coisas a pé quando não está caindo uma tempestade nem estou carregando muito peso.
É claro que não me atrapalhei só com as passagens. Em minha primeira ida à universidade, peguei a linha 4 no sentido errado e acabei saindo em outro bairro. Eu já sabia da existência dos dois bairros – este e o da universidade – mas, na hora, eu me enrolei todo. Saí em Bornheim enquanto a universidade fica em Bockenheim. Vale mencionar que é uma rápida viagem de cinco minutos para ir da estação central, Hauptbahnhof, até a estação de Bockenheim. Já a ida para Bornheim... É claro que já cheguei atrasado logo no primeiro encontro marcado com o Jens.
Infelizmente, minhas enrolações com o metrô não ficaram restritas à primeira semana. Sigo entrando na estação de Bockenheim para voltar para casa, descendo todas as escadas e, apenas lá embaixo, eu me dou conta de que é no andar lá de cima que se compram os bilhetes. Fiz isso algumas vezes. Não sei quando pararei de fazer. É muito dura a vida de um distraído...
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