Um brasileiro que fala um alemão macarrônico chega a Frankfurt sem saber nem mesmo onde vai morar... Aqui narro minhas aventuras nesta temporada germânica: lugares interessantes, enrascadas em que me meto, esquisitices que percebo a cada dia. O nome do blog é uma analogia aos irmãos Grimm, alemães que compilaram muitas dezenas de contos de fada tradicionais, como Branca de Neve, João e Maria, Rapunzel, a Gata Borralheira, o Músico Maravilhoso, Chapeuzinho Vermelho, e a Bela Adormecida (mais detalhes em Vorstellung).

Centenas de fotos disponíveis em Ilustrações.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Kapitel IV - A Tomada, o Cadeado e a Cama Tombada

Levei pelo menos três baita sustos nas duas primeiras semanas em Frankfurt. Logo no segundo dia, achei que meu computador tinha pifado. Já via com desespero a iminência da perda do contato com minha família e todos os meus amigos do Novo Mundo, a perda de todas as fotos que trouxe do Brasil e das que já tinha tirado (tinha acabado de copiá-las todas para o notebook e apagado da câmera!). Na verdade, acabou a bateria e, provavelmente, a tomada à qual ele estava conectado não estava funcionando.

Depois, na hora de sair do albergue, outro susto: quase perdi meu cadeado! Saí com a mala aberta e o cadeado solto pendurado. Ele, obviamente, caiu. Perguntei às faxineiras se elas o tinham visto, em inglês, e elas não entendiam nada. Achavam que eu estava falando de alguma camisa. Apelei, então, para a mímica, e imitei um cadeado com a minha mão, fazendo um ganchinho com o dedo indicador. Não é que elas entenderam?! E por sorte elas o tinham encontrado. Chegaram a jogar no saco de lixo, mas perceberam o que era e guardaram.

Na madrugada de primeiro de abril para o dia 2 (a peça foi pregada com efeito retardado...), levei um novo susto: a cama desmontou. Fiquei com medo de ela ter quebrado. Já imaginou já começar quebrando a cama do quarto provisório? Como eu escaparia do prejuízo? E eu não tinha feito nada de mais, nada de cama elástica ou de arrastar móveis, apenas havia me deitado. Após ver que estava apenas desmontada, fiquei irritado de ter que encaixar os tacos do estrado (foi o maior sufoco) em vez de continuar dormindo. Depois, Mario, o teuto-espanhol que aluga os apartamentos, admitiu que não era das camas mais novas...

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