Houve um dia em que eu e Jens saímos da universidade para almoçar em um restaurante próximo. Lá, nós nos encontraríamos com Marion Reiser, outra professora, que mora no próprio bairro, Bockenheim.
No caminho, Jens, grande conhecedor do Brasil (que já visitou seis ou oito vezes), falava que os brasileiros têm um estereótipo dos alemães como pessoas que comem batatas o tempo todo. Chegando lá, pegamos o cardápio, com umas doze opções de prato e... umas oito tinham batata! É impressionante. Não é lenda ou estereótipo não. É impossível em uma semana não se lembrar de como é batata em alemão, Kartofel, porque a palavra está escrita em todas as partes.
Jens e Marion pediram a massa Spätzle (descrita no Kapitel VII) e eu provei uma iguaria tipicamente frankfurtiana: o Grünensosse, ou molho verde. Disseram-me que é feito de um conjunto de ervas encontradas nas cercanias do rio Main e trituradas. Não é que é bom? Muitos, intimidados, nem mesmo o provam, mas eu tinha uma missão! O Grünensosse vinha com carne bovina (que não era muito boa, a brasileira é infinitamente melhor) e... batatas! Bem, estas ficaram todas no prato. Além de não falar alemão direito e não estar acostumado ao frio, havia outra dificuldade já prevista para mim na Alemanha: odeio batata. Mas tudo bem, a carne com Grünensosse estava saborosa e foi suficiente para me saciar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Eu não sabia que era possível odiar batata!
ResponderExcluirÉ um sabor tão neutro e suave!
É muito possível, acredite!
ResponderExcluirTenho uma grande amiga que, certa vez, perguntou: "mas você não gosta de batata de nenhum jeito? Nem de purê de batata?" Respondi: "Jô, se odeio batata, como poderia gostar de purê, que é o estado mais batatal da batata?" 8o)
Sempre conto essa história quando minha aversão a batata vem à tona.
Mas você come Ruffles!!!!
ResponderExcluirE desde quando Ruffles é batata?! Ruffles é gordura trans crocante.
ResponderExcluir